Oito entre dez crianças de 5 a 12 anos precisam de aparelho para corrigir os dentes. A conclusão é de uma pesquisa realizada com alunos das escolas públicas municipais de Araraquara.
Mais de 1,4 mil estudantes participaram do estudo realizado por meio de uma parceria entre a prefeitura e o Centro Universitário de Araraquara. Cerca de 1,1 mil (80%) apresentaram algum tipo de má oclusão dentária, ou seja: elas têm os dentes fora do lugar.
Fatores genéticos e hábitos inadequados  como usar chupetas, chupar o dedo e roer unhas  são considerados os principais responsáveis pelo problema. O estudo comprovou que 45% das crianças admitiram essas práticas.
A má oclusão é a terceira patologia odontológica mais comum, perdendo apenas para cárie e as doenças periodontais (da gengiva e do osso de sustentação do dente). Os casos mais comuns são a mordida aberta anterior (dente de cima não encosta no debaixo) e a diastema (quando os dentes ficam afastados).
A Prefeitura de Araraquara informou que a pesquisa foi feita justamente para medir a necessidade de investimentos em saúde bucal na rede pública, sobretudo na prevenção à s doenças.
“A má oclusão pode proporcionar problemas de fonética, ou seja, a criança pode crescer falando de forma errada”, explicou Wilson Chediek, coordenador do programa de Saúde Bucal de Araraquara.
Durante a pesquisa, foram realizados alguns tratamentos considerados pilotos. Vinte crianças receberam os aparelhos ortodônticos móveis feitos no próprio laboratório da prefeitura e ainda estão em tratamento. A prefeitura, porém, ainda não tem informações sobre o volume de recursos necessários para atender à demanda do município.